O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou à Polícia Federal, em depoimento nesta quinta-feira (5/6), que enviou R$ 2 milhões ao filho Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para custear sua estadia nos Estados Unidos. A oitiva ocorreu por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no inquérito que investiga a atuação do deputado federal licenciado junto ao governo Donald Trump.
A investigação apura supostas tentativas de influenciar autoridades norte-americanas a aplicar sanções contra integrantes do STF, da Procuradoria-Geral da República (PGR) e da Polícia Federal, especialmente o próprio Moraes, com base na chamada Lei Magnitsky.
Bolsonaro chegou à sede da PF pouco antes das 15h e saiu após as 17h. Segundo a decisão de Moraes, o ex-presidente precisaria responder formalmente por ter declarado ser o responsável financeiro pela permanência do filho nos EUA, o que, segundo a acusação, poderia caracterizar envolvimento direto nas ações investigadas.
Eduardo Bolsonaro, que solicitou afastamento da Câmara em março, também foi intimado a depor, mas optou por responder por escrito, pois segue nos Estados Unidos. Em declarações públicas, ele afirma que está no país para denunciar supostos abusos de autoridade cometidos por Moraes e demais instituições brasileiras.
O inquérito foi aberto a pedido da PGR após provocação do deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), que também já prestou depoimento à PF, na última segunda-feira (2).
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