Santo Antônio de Jesus, terra de um comércio que pulsa como o coração de um recôncavo pujante. A cidade, que carrega o título de “Capital do Recôncavo Baiano”, é uma mistura de tradição e modernidade, onde a indústria cresce, o comércio se fortalece e a saúde, com suas diversas unidades, se torna referência. No entanto, existe um problema, aparentemente simples, que atravessa anos e istrações sem nunca ser resolvido: o eterno transtorno dos semáforos.

Não são muitos os semáforos na cidade – algo em torno de oito, espalhados pela área central, mas eles, parecem ter o poder de encarnar a resistência do próprio tempo. Cada um desses semáforos, com seus problemas técnicos, continua a interromper o fluxo da cidade e a testar a paciência de quem circula pelas suas ruas.
As gestões que se sucedem, e a história permanece a mesma. De um lado, os motoristas impacientes, que em sua rotina enfrentam a eterna dança de luzes que piscam sem sincronia ou ficam apagadas, como se quisessem recordar que, na luta entre a cidade e os semáforos, o grande vencedor ainda é o problema. Do outro lado, os pedestres, que se arriscam e fazem contas mentais entre a rapidez do o e a velocidade do carro, enquanto escutam o som do buzinaço, de forma iva e vão culpando todas as suas frustrações com o trânsito à frágil eficiência eletrônica desses dispositivos.
Ninguém consegue culpar uma gestão específica. Em cada período, o problema persiste. São promessas de reformas, de ajustes, de novos projetos que já deveriam ter ocorrido, mas … O mais curioso é que esse não é um problema invisível. Ele é constante, está lá, todos veem, mas nunca parece ser prioridade e então, o ciclo se repete.
É muito importante que se tratem de questões como o crescimento econômico, a saúde, as obras que vão transformar a cidade, mas e o semáforo? Não deveria ser também lembrado?
Nossos semáforos, são como um fiel sentinela, não desiste. Quando todos acham que ele sumiu da memória coletiva, ele retorna, sem avisar, para interromper a rotina de um modo quase teatral. Ele é teimoso, persistente e continua a ser lembrado, como se quisesse sempre nos lembrar, assim como Fernando Torres: Ainda estou aqui.
Por Gabriel Queiroz.
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