O ativista brasileiro Thiago Ávila foi colocado em confinamento solitário por autoridades israelenses após iniciar uma greve de fome em protesto pela sua prisão. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (11) pelos advogados da organização de direitos humanos Adalah, responsável por sua defesa.

Segundo os advogados, Thiago foi transferido para outra prisão, separado dos demais sete ativistas detidos na mesma operação. O grupo foi capturado em águas internacionais enquanto participava de uma missão humanitária com destino à Faixa de Gaza, levando alimentos e remédios.
“A defesa informa que Israel ameaçou deixá-lo na solitária por 7 dias em uma cela escura, pequena, sem ar e sem o a ninguém”, diz comunicado da Flotilha da Liberdade Brasil, entidade que organizou a missão humanitária para a Faixa de Gaza. O caso é considerado crime de guerra pelo Conselho Nacional de Direitos Humanos.
A defesa classifica a prisão como sequestro e afirma que nenhum crime foi cometido pelos ativistas. A Adalah pede a libertação imediata dos detidos e o fim de ações consideradas retaliatórias, como a punição com isolamento.
Ainda nesta quarta-feira, o Judiciário israelense determinou a deportação de Thiago Ávila. O prazo para a medida se encerra na quinta-feira (12), mas até o momento não foi informado o horário exato da deportação.