Segundo dados divulgados na última quinta-feira (30) por Adilson Santana de Carvalho, representante do Ministério da Educação (MEC), o Fundo de Financiamento Estudantil (FIES) atingiu em 2024 o menor número de interessados e a maior taxa de inadimplência desde sua criação.

Atualmente, 62% dos contratos estão com pagamentos em atraso, o dobro do registrado em 2014, quando o índice era de 31%. Além disso, o número de estudantes que disputam uma vaga caiu drasticamente: foram apenas 167 mil em 2023, frente a 1,1 milhão em 2016.
“Esse foi o diagnóstico que fizemos da maneira que encontramos o Fies e estamos buscando soluções. Precisamos sentar e conversar, inclusive com o setor das instituições de ensino privadas, para encontrar alternativas”, afirmou Adilson, diretor de Políticas e Programas de Educação Superior da Secretaria de Educação Superior do MEC.
A declaração ocorreu durante o Congresso Brasileiro da Educação Superior Particular (Cbesp), no Rio Grande do Norte. O encontro é realizado pelo Fórum Brasil Educação, entidade composta por diferentes entidades de instituições de ensino superior privadas, como a Associacao Brasileira de Mantenedouras do Ensino Superior (ABMES).
Criado para ampliar o o ao ensino superior por meio do financiamento das mensalidades em instituições privadas, o Fies tem como base o reembolso do investimento feito pelo governo após a formação dos alunos. No entanto, a alta inadimplência coloca o modelo em xeque. Com menos estudantes pagando suas dívidas, o programa se torna insustentável, comprometendo a renovação dos contratos e a continuidade da iniciativa.