O número de evangélicos no Brasil alcançou o maior patamar da história, segundo os dados do Censo 2022, divulgados na última sexta-feira (6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com o levantamento, 26,9% da população brasileira se declara evangélica, o que representa mais de 47,4 milhões de pessoas.

Em contrapartida, o número de católicos — religião predominante no país por séculos — caiu de 65,1% em 2010 para 56,7% em 2022, alcançando o menor índice já registrado desde o início das medições oficiais. A pesquisa também apontou aumento no número de pessoas sem religião, que aram de 7,9% para 9,3% da população, e o crescimento de adeptos das religiões de matriz africana, que agora somam 1% do total de brasileiros.
O crescimento evangélico, embora tenha desacelerado em relação às décadas anteriores, ainda demonstra força significativa em diversas regiões do país. Os maiores percentuais foram registrados no Norte (36,8%) e no Centro-Oeste (31,4%). O estado do Acre lidera com 44,4% da população evangélica, enquanto o menor índice foi registrado no Piauí, com 15,6%.
A expansão dos evangélicos no Brasil vem acompanhada de uma crescente influência cultural, social e política, com presença marcante em mídias, músicas gospel, canais digitais e no cenário eleitoral.
Ainda segundo o IBGE, a mudança no perfil religioso brasileiro reflete transformações sociais profundas nas últimas décadas. Em 1991, os evangélicos representavam apenas 9% da população. Em 2022, esse número triplicou, consolidando o grupo como segunda maior força religiosa do país, atrás apenas dos católicos.