O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 1,4% no primeiro trimestre de 2025, em comparação com os últimos três meses de 2024, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em valores correntes, o PIB totalizou R$ 3 trilhões no período.

Na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, a economia brasileira teve alta de 2,9%. No acumulado dos últimos 12 meses, o crescimento chegou a 3,5%, o maior desde o segundo trimestre de 2023, quando o índice registrou 3,8%.
O desempenho positivo entre o quarto trimestre de 2024 e o primeiro de 2025 foi impulsionado, principalmente, pelo setor agropecuário, que registrou crescimento expressivo de 12,2%. A pesquisadora do IBGE Rebeca Palis destacou que esse avanço reflete “condições climáticas favoráveis e expectativa de safra recorde da soja, nossa principal lavoura”.
O setor de serviços, responsável por cerca de 70% da economia nacional, teve crescimento de 0,3%. Entre os destaques estão as áreas de informação e comunicação (3,0%), outras atividades de serviços (0,8%) e atividades imobiliárias (0,8%). Também avançaram os segmentos de istração pública, saúde e educação (0,6%), comércio (0,3%) e serviços financeiros (0,1%). Apenas o setor de transportes, armazenagem e correio registrou queda, de 0,6%.
A indústria, por sua vez, apresentou uma leve retração de 0,1%. Dentro do setor, houve crescimento nas atividades de eletricidade, gás, água, esgoto e gestão de resíduos (1,5%) e nas indústrias extrativas (2,1%). Em contrapartida, as indústrias de transformação caíram 1%, enquanto a construção civil teve queda de 0,8%.
Na ótica da demanda, o destaque foi a formação bruta de capital fixo, que representa os investimentos na economia, com alta de 3,1%. A exportação de bens e serviços cresceu 2,9%, e o consumo das famílias avançou 1%. Já a importação, que pesa negativamente na composição do PIB, aumentou 5,9%.
Com o resultado, o Brasil registra a 15ª alta consecutiva do PIB na comparação com o trimestre anterior, mantendo uma trajetória de crescimento desde o terceiro trimestre de 2021. Já na comparação com o mesmo período do ano anterior, são 17 trimestres seguidos de alta, desde o primeiro trimestre de 2021.