A Bahia iniciou 2025 com um cenário ainda desafiador no mercado de trabalho. No 1º trimestre, o estado registrou taxa de desocupação de 10,9%, a segunda mais alta do Brasil, ficando atrás apenas de Pernambuco, que alcançou 11,6%, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) Trimestral, divulgada pelo IBGE.

Apesar da posição negativa no ranking nacional, o levantamento mostra um dado relevante: essa foi a menor taxa de desemprego registrada pela Bahia para um primeiro trimestre desde o início da série histórica, há 13 anos. Isso indica uma melhora gradual, ainda que marcada por instabilidade.
No total, 780 mil pessoas estavam desempregadas na Bahia entre janeiro e março, o que representa um aumento de 60 mil pessoas em relação ao último trimestre de 2024. Por outro lado, quando comparado ao mesmo período do ano ado, houve redução significativa — menos 206 mil desocupados, o equivalente a uma queda de 20,9%.
Queda na população ocupada e impacto sazonal
A população ocupada no estado também caiu em relação ao trimestre anterior: ou de 6,522 milhões para 6,364 milhões de pessoas, uma retração de 2,4%. O IBGE atribui essa redução a movimentos sazonais típicos do início do ano, como o fim de contratos temporários e o retorno de pessoas ao mercado após as festas e férias de fim de ano.
Ainda assim, na comparação anual, o número de pessoas trabalhando aumentou: eram 6,038 milhões no 1º trimestre de 2024, o que representa mais 326 mil pessoas ocupadas em um ano (+5,6%).
Mulheres são maioria entre os desocupados
A pesquisa também revela que as mulheres continuam sendo as mais afetadas pela falta de oportunidades no mercado de trabalho baiano. No primeiro trimestre de 2025, foram identificadas 6,477 milhões de mulheres sem emprego, número superior ao de homens em idade ativa fora do mercado, que somaram 5,892 milhões.
Esse dado reforça a desigualdade de gênero no o ao trabalho, um desafio que persiste mesmo diante da recuperação gradual dos indicadores gerais.