Após ser condenado pelo Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia (TCM-BA) a ressarcir R$ 2,3 milhões aos cofres públicos e pagar multa de R$ 3 mil, o ex-prefeito de Mutuípe, Rodrigo Maicon Santana de Andrade, o Digão, divulgou uma nota em que contesta a decisão e reforça sua confiança na Justiça.

Na nota, Digão se defende das acusações, mencionando que a mesma denúncia já havia sido arquivada anteriormente pela Justiça Federal, após investigação da Polícia Federal que, segundo ele, não encontrou qualquer irregularidade. “Nunca houve desvio, nunca houve má-fé. A investigação foi arquivada. Porque a verdade, cedo ou tarde, aparece”, afirmou.
O ex-prefeito questionou a motivação da nova condenação, sugerindo possível interferência política ou ideológica na decisão do conselheiro relator, Nelson Pellegrino. “Mesmo assim, não quero acreditar que o conselheiro tenha sido movido por interesses políticos ou ideológicos, com o objetivo de me condenar. Não por provas, mas por perseguição”, escreveu.
Apesar das críticas, Digão reforçou seu respeito ao Tribunal de Contas e lembrou que todas as suas contas foram aprovadas durante os anos em que esteve à frente da Prefeitura de Mutuípe. Ele também informou que já recorreu da decisão e seguirá na luta para provar, mais uma vez, sua inocência. “Não vou permitir que joguem lama na história de um homem que dedicou anos da sua vida a servir. Não serei mais uma vítima do jogo sujo da velha política”, concluiu.
Segundo o TCM, a condenação ocorreu durante a 29ª Sessão Ordinária do Pleno, realizada na última quinta-feira (29). A denúncia, considerada parcialmente procedente, apontou supostos danos ao erário durante a gestão de Digão no município. Além da devolução dos valores, o tribunal determinou o envio do processo ao Ministério Público da Bahia (MP-BA), que poderá abrir investigação judicial contra o ex-gestor.